sexta-feira, 3 de abril de 2009

Vai viajar?! não precisa ir no desespero!


Quer fazer a sua viagem à Europa caber na verba que você tinha previsto com o euro camarada do ano passado? Comece tirando o pé do acelerador. Em viagem, a pressa é inimiga da economia. O apressado anda de táxi, embarca em city tours inflacionados, paga mais no museu, não percebe que o restaurante perto do hotel é pega-turista, estoura o orçamento com deslocamentos dispendiosos até cidades fora de mão...

E por que viajamos com pressa pela Europa? Porque normalmente queremos percorrer o máximo de lugares de uma vez só.

Pois bem: experimente cortar escalas. Uma viagem de 15 dias dormindo em duas ou três cidades sai muito mais em conta do que se tiver cinco ou seis escalas. Diminuindo o número de paradas, você economiza bastante em transporte (e não perde seu precioso tempo no trânsito). Prolongando sua estada em cada destino, dá para rentabilizar o orçamento.

E o que você perde com isso? Nada, acredite. Aqui de longe, temos a falsa impressão de que a Europa só se revela quando percorrida de cabo a rabo. Vemos aquele quebra-cabeça de países e pensamos que a figura não vai se formar enquanto não deixarmos nossas pegadas no maior número possível de peças. Bobagem. Você vai encontrar a Europa por inteiro aonde quer que vá. Cada pedacinho do Velho Mundo vem de fábrica com DNA europeu. Na ânsia de ver os cartões-postais do outro lado do continente, acabamos deixando de fazer descobertas sensacionais a nosso redor. Melhor do que ir longe é ir fundo, ali mesmo onde estamos. Não é apenas uma questão de economia, mas também de qualidade da viagem. Quem fica mais tempo numa base gasta menos - e, sobretudo, aproveita mais.

Quando você tem tempo, pode se dar a todos estes luxos:
- Caminhar e andar de transporte público. Não há razão para fazer city tour em locais em que caminhar é tão gostoso e o transporte público funciona tão bem. Ao aprender a usar a cidade como seus moradores, você acaba entendendo o lugar de uma maneira que não conseguiria sentado no 2º andar de um ônibus lotado de turistas.

- Comprar passes de museus e atrações. Toda cidade importante oferece algum tipo de cartão de desconto para seus principais pontos de interesse. Os cartões mais vantajosos são os que têm validade por mais dias e dão um empurrãozinho extra para visitar museus e atrações menos óbvios - que acabam fazendo toda a diferença entre a sua viagem e a dos apressados.

- Aventurar-se para além das zonas turísticas. É nos bairros onde não somos maioria que se encontram os lugares mais interessantes - e em conta - para comermos e nos divertirmos. Entretanto, se só temos tempo para os cartões-postais, nunca vamos descobrir.

- Alugar apartamento. A partir de cinco noites de estada, já vale a pena trocar o hotel por um apartamento. Além da economia significativa, dá para brincar de morador nas horas vagas entre uma turistagem e outra.

- Fazer bate-e-voltas até cidades próximas. Sempre que você quiser mudar de ares, é só escolher um lugar pertinho para passar o dia. Percursos de até uma hora e meia são gostosos de fazer - e, ao desembarcar, você aproveita desde o primeiro instante, já que não precisa procurar hotel nem se preocupar com bagagem. É um jeito de visitar mais de uma cidade sem engessar a viagem: você só faz os passeios se sobrar tempo ou se estiver com vontade.

Veja agora como viajar slow e aproveitar esses conselhos em oito das cidades mais desejadas da Europa. Devagar se vai melhor - e mais barato!



Por: Ricardo Freire
Fonte de : viajeaqui.abril.uol.com.br

Um comentário:

Leo disse...

Isso ta muito bom!
To afinzaço de viajar!!!